Existem muitos heróis e muitas batalhas na mitologia grega, então vou postar aqui os três principais.
Aquiles e a guerra de Tróia:
Aquiles era filho da união entre Peleu com Tétis, a mais bela das nereidas. Casada a contragosto, não se conformava com a mortalidade dos filhos que gerava e por isso, , em sua ânsia de transformar o filho em imortal, mergulhou a criança nas águas do rio Estige, segurando-a pelo calcanhar, ponto que se tornou vulnerável visto que não havia sofrido contato com as águas milagrosas do rio. Irada com a intromissão de Peleu, a nereida partiu, deixando o filho aos cuidados do marido, mas sempre acompanhando seus passos à distância.
Quando Calcante, célebre adivinho, predisse que a presença de Aquiles seria indispensável para vitória dos gregos em Tróia e que lá sua vida seria ceifada, Tétis, desesperada, resolveu intervir escondendo o jovem em Ciros, na corte do rei Licomedes. Sob o nome de Pirra, que significa a ruiva, vivia entre as filhas do rei disfarçado de mulher. Dessa convivência, o herói se fez revelar a Deidâmia, uma das filhas do rei e com ela gerou Neoptólemo. Foi inútil a tentativa de ocultar o filho porque Ulisses o descobriu ao simular uma invasão. As filhas do rei correram amedrontadas e somente Aquiles apresentou-se para a luta, revelando sua verdadeira origem e identidade.
O cerco grego à Tróia durou cerca de 10 anos. Vários soldados foram mortos, entre eles Heitor e Aquiles (após ter sido atingido em seu calcanhar, seu único ponto fraco)
A guerra terminou após a execução do grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua idéia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira. Disseram aos inimigos que estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para dentro de seus muros protetores. Após uma noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, abriram-se portas no cavalo de madeira e saíram centenas de soldados gregos. Estes abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Tróia até sua destruição.
Perseu contra a Medusa e o monstro marinho:
Perseu era um filho de uma mortal, Danae, e do grande deus Zeus, rei do Olimpo. O pai de Danae, o rei Acrísio, havia sido informado por um oráculo de que um dia seria morto por seu neto e, aterrorizado, aprisionou a filha e afastou todos os seus pretendentes. Mas Zeus era deus e desejava Danae: entrou na prisão disfarçado em chuva de ouro, e o resultado dessa união foi Perseu. Ao descobrir que, apesar de suas precauções, tinha um neto, Acrísio fechou Danae e o bebê numa arca de madeira e os lançou ao mar, na esperança de que se afogassem.
Mas Zeus enviou ventos favoráveis, que sopraram mãe e filho pelo mar e os levaram suavemente à costa. A arca parou numa ilha, onde foi encontrada por um pescador. O rei que comandava a ilha recolheu Danae e Perseu e lhes deu abrigo. Perseu cresceu forte e corajoso e, quando sua mãe se afligiu com as indesejadas investidas amorosas do rei, o jovem aceitou o desafio que este lhe fez: o de lhe levar a cabeça da Medusa, uma das Górgonas. Perseu aceitou essa missão perigosa não porque ambicionasse alguma glória pessoal, mas porque amava a mãe e estava disposto a arriscar a vida para protegê-la.
A Górgona Medusa era tão hedionda que quem olhasse seu rosto transformava-se em pedra. Perseu precisaria da ajuda dos deuses para vencê-la e Zeus, seu pai, certificou-se de que essa assistência lhe fosse oferecida: Hades, o rei do mundo subterrâneo, emprestou-lhe um capacete que tornava invisível quem o usasse; Hermes, o mensageiro divino, deu-lhe sandálias aladas; e Atena lhe deu uma espada e um escudo. Perseu pôde fitar o reflexo da Medusa e, assim, decepou-lhe a cabeça, sem olhar diretamente para seu rosto medonho.
Com a cabeça monstruosa seguramente escondida num saco, o herói voltou para casa. Na viagem, avistou uma bela donzela acorrentada a um rochedo à beira-mar, à espera da morte pelas mãos de um assustador monstro marinho. Perseu soube que ela se chamava Andrômeda e estava sendo sacrificada ao monstro porque sua mãe havia ofendido os deuses. Comovido por sua aflição e beleza, o herói apaixonou-se por ela e a libertou, transformando o monstro marinho em pedra com a cabeça de Medusa.
Os doze trabalhos de Hércules
Hércules, filho de Zeus e da princesa Alcmena era odiado por Hera, mulher de Zeus. Quando Hércules casou-se com Mégara, uma princesa tebana, Hera fez com que ele enlouquecesse e pusesse fogo em sua casa, matando sua mulher e seus filhos. Quando Hércules recuperou a razão, procurou o auxílio do oráculo de Delfos. O oráculo disse-lhe que deveria servir doze anos a seu primo Euristeu, rei de Argos.
Hércules realizou então 12 trabalhos para o rei Euristeu.
·Primeiro trabalho: matar o leão de Neméia. A partir de então Hércules passou a usar a pele resistente do leão como armadura.
·Segundo trabalho: matar a Hidra de Lerna, uma serpente com sete cabeças venenosas. Hércules queimou todas as cabeças do animal, menos uma, que era imortal. Essa foi enterrada por baixo de uma pedra. Após matar a Hidra, Hércules mergulhou suas flechas no veneno da Hidra, tornando-as venenosas.
·Terceiro trabalho:a captura do javali de Erimanto.
·Quarto trabalho: capturar a corsa de Cerinéia, que tinha os cascos de bronze e os chifres de ouro.
·Quinto trabalho: expulsar as aves do lago Estinfale, na Arcádia.
·Sexto trabalho: limpar os estábulos do rei Augias, da Élida, em um só dia. Os estábulos estavam muito sujos, mas Hércules desviou o curso de dois rios para passarem por dentro deles e realizou o trabalho.
·Sétimo trabalho: capturar o touro selvagem de Minos, rei dos cretenses.
·Oitavo trabalho: capturar os cavalos devoradores de homens do rei Diomedes da Trácia. Hércules matou Diomedes e deu sua carne aos cavalos.
·Nono trabalho: obter o cinto de Hipólita, rainha das Amazonas, as mulheres guerreiras.
·Décimo trabalho: ir buscar o gado do monstro Gerião, que vivia além das colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar).
·Décimo primeiro trabalho: levar as maçãs de ouro do jardim das Hespérides para Euristeu.
·Décimo segundo trabalho: capturar Cérbero, o cão de três cabeças que guardava os infernos, e mostrá-lo a Euristeu.
Com os três últimos trabalhos, Hércules conquistou a imortalidade, pois Gerião e Cérbero representavam a morte e as maçãs eram o fruto da Árvore da Vida.
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